Estação caseira de Energias Renováveis – parte I

10 Dezembro 2007 at 17:50 (Diy) (, )

Um dos meus sonhos era ter uns painéis solares fotovoltaicos no telhado da casa. E um pequeno gerador eólico no quintal. E quem sabe também um pequeno tanque para aproveitar alguma água da chuva. Assim satisfazia pelo menos uma parte das minhas necessidades energéticas. As vantagens são óbvias: redução de custos e menores danos ao ambiente. Mas tenho um pequeno problema: não tenho quintal e o telhado da casa não é meu. Pois é, tal como a maioria dos portugueses, vivo encaixotado num prédio. Estará tudo perdido 😦 ?… Talvez não 🙂 .

Tinha que haver alguma forma de nós, os encaixotados em prédios, podermos tirar algum proveito de energias renováveis, . Pus-me a pensar nisto já há muito tempo, e foi quando vi uma antena parabólica presa na varanda de um apartamento que se fez luz. É disso que preciso, um “captador” de energias renováveis de prender na grade da varanda! Depois podia usar a energia captada para carregar pilhas re-carregáveis ou a bateria do telemóvel; ou até mesmo uma bateria barata de chumbo-ácido e usá-la para alimentar uma luz nocturna de leitura ou para aumentar a autonomia do computador portátil. E daí que finalmente arranjei algum tempo para me dedicar a desenvolver essa máquina, que baptizei “Estação de Energias Renováveis” (mais conhecida como “Estação”).

Quero que a estação seja o mais fácil possível de construir, de modo a que o maior número de pessoas o possa fazer. Quero ver Estações espalhadas pelas varandas de todos os prédios, quero mudar o Mundo 🙂 ! Bom, mas deixando a utopia de lado, uma maquineta destas vai sempre envolver construção mecânica e electrónica, e não é o cidadão mais comum que vai pegar no berbequim, serrote, lima ou no ferro de soldar… até porque ele tem outros interesses e mais o que fazer. Por isso, se eu realmente quero que isto chegue ao maior nº possível de pessoas incluindo o cidadão mais comum, a Estação tem que ser muito fácil de construir. E é esse o objectivo deste 1º artigo: como construir uma Estação a partir de peças compradas em lojas de “electrodomésticos”.

Então mãos à obra.

No outro dia à noite deitei-me e apaguei a luz, mas ficou uma luzinha verde acesa, ao fundo, no chão. “ah, é a PowerStation” pensei eu, tinha-me esquecido dela ligada depois de ter estado a fazer uns testes num projecto.

PowerStation Einhell EGS12

Uma PowerStation é pouco mais do que uma bateria e alguns circuitos de monitorização, protecção e recarga, tudo embrulhadinho numa caixinha jeitosa. Ela fornece 3, 6, 9 e 12 V DC, que podem ser usados para alimentar aparelhos onde não existam outras alternativas de fontes de energia, ou alternativas apropriadas. Também podem ser usadas para prolongar a utilização de aparelhos que sejam alimentados a pilhas, uma vez que a bateria dentro destas PowerStations é de “grande capacidade”; para teres uma ideia mais concreta, podemos dizer que guarda tanta energia como 27 pilhas AA recarregáveis de 2600 mAh (as de maior capacidade que eu tenho visto à venda)!

27 x Pilha recarregável MiMH 1.2V 2600mAh = PowerStation Einhell EGS12

Estas PowerStation encontram-se à venda até nos grandes hipermercados (onde esta foi comprada), na zona das ferramentas. Também se encontram em lojas de astronomia.

A PowerStation (Estação de Energia, em português) tem alguns detalhes interessantes, entre os quais o facto de ter 2 fichas tipo isqueiro de automóvel. Ora, estas fichas são ideais para ligar por exemplo carregadores de telemóvel ou de pilhas.

Carregador de pilhas para isqueiro do carro

E além disso, e acima de tudo, também dão para ligar carregadores de baterias de carro a energia solar, como este que comprei outrora na DMail, por curiosidade.

Carregador d ebaterias de automóvel a energia solar, de ligar ao isqueiro do carro

E não é preciso mais nada, é só ligar o carregador solar à PowerStation durante o dia. A energia que este carregador solar capta por dia é pouca, quando comparada com a energia que a PowerStation pode armazenar. Mas ao captares essa energia para a PowerStation vais aumentar o período de tempo entre carregamentos a partir da rede. A carga da PowerStation vai dar para mais tempo. Uma parte da energia que vais consumir será “renovável” :). E se a usares por exemplo só para carregar o telemóvel, pode acontecer que nunca tenhas que a re-carregar a partir da rede eléctrica!

Existe ainda um outro “detalhe” da PowerStation, que permite que tudo isto funcione. A bateria interna é do tipo chumbo-ácido selada, que é “equivalente” a uma bateria de automóvel. Por isso o carregador solar serve para a PowerStation!

A montagem é simplérrima. Estes carregadores solares não foram feitos para estar à chuva, por isso convém ser instalado dentro de casa, ou bem abrigado da chuva. Escolhe o local mais solarengo da tua casa e posiciona o painel solar virado para o Sol. O Sol muda de posição durante o dia, mas como não vais querer estar sempre a re-orientar o painel, coloca-o numa posição “média”. Virado para Sul é a melhor opção se possível, pois o percurso do Sol no céu durante o dia é essencialmente na zona Sul, às latitudes do nosso país.
Idealmente o painel também deveria ser instalado com uma inclinação de aproximadamente 33,5º em relação à horizontal (em Portugal; ver neste site) para maximizar a captação, mas às vezes não dá muito jeito; se o instalares na vertical ou horizontal ele também vai funcionar embora não capte toda a energia que poderia captar.

A varanda do meu quarto tem uma face que está mais ou menos virada a Sul, e leva com Sol toda a manhã. Resolvi colar o painel ao vidro com uma fita-cola espessa e forte de dupla face; escolhi uma fita para baixas/altas temperaturas (-30ºC a 150ºC), uma vez que vai estar ali ao Sol directo durante horas e de noite vai estar bastante frio.

Colocação do painel

Depois de colado o painel, pega na PowerStation e liga o carregador solar a uma das fichas-isqueiro. Então muda o interruptor vermelho para a posição ON para começar a carga (se houver Sol!). Atenção que não é para a posição CHA(rge) como se faz para carregar a PowerStation a partir da rede, é mesmo para a ON! Só na posição ON é que a ficha-isqueiro fica ligada directamente à bateria interna da PowerStation, permitindo assim que o carregador solar possa injectar energia na bateria para a carregar. Na posição CHA, a bateria fica ligada à ficha lateral de carregamento a partir da rede, e as fichas-isqueiro são desligadas.

Carregando a PowerStation - na posição ON

É necessário um minimo de energia captada pelo painel solar para que o carregador consiga carregar a PowerStation. Curiosamente, a forma como ela está construída permite-nos saber se a energia que está a ser captada pelo painel solar atinge ou não esse mínimo, observando as luzinhas: com o interruptor em OFF, se a energia captada pelo painel atinge o mínimo então a luzinha verde “Full” acende, caso contrário acende a luzinha amarela “Empty”. Se estiver escuro, nenhuma luzinha vai acender. E esta, hein?

Potência suficiente para carregar a PowerStation Potência insuficiente para carregar a PowerStation

Nota a foto acima à esquerda; a luz ambiente é mais forte porque estava Sol, e a luz verde está acesa, com o botão da PowerStation na posição OFF. Depois, vieram umas núvens que esconderam o Sol e então a luz ambiente diminuiu como se pode ver na foto da direita, levando a acender a luz amarela. Isto é apenas uma curiosidade, serve por exemplo para teres uma noção de “quanta luz do Sol” é necessária para o painel solar recolher energia suficiente para carregar a PowerStation. Para utilização normal de carregamento, já sabes que tens que colocar o interruptor vermelho da PowerStation na posição ON.

Ok… e depois de eu ter a PowerStation e o carregador solar, como é que os “ponho a render”?… Bom, de dia o painel solar capta energia que é armazenada na PowerStation, e de noite usas a energia armazenada na PowerStation para carregar o telemóvel ou pilhas. Se a PowerStation estiver longe do teu quarto ou no exterior, à noite trá-la para dentro de casa para a usares. De manhã antes de ires pá escola ou trabalho, toca a pôr a PowerStation outra vez a carregar.

Conjunto final

Humm… e em quanto é que fica isso tudo? O carregador solar custou-me quase 30 €. Vejo que a DMail já não comercializa este carregador, mas vejo por aí outros locais na net onde vendem carregadores semelhantes, até mais baratos como 20€, e parecem-me ser mais potentes (18/04/2008: encontrei à venda cá em Portugal um outro modelo para o mesmo fim, por cerca de 28€, na Aquário). A PowerStation compra-se actualmente por aproximadamente 40€. Existe também uma EGS 1800, que me parece ser praticamente o mesmo que a EGS12, visualmente não encontro nenhuma diferença além da pega. Há até quem chame EGS1800 à EGS12, por isso provavelmente esta EGS1800 é apenas de uma evolução visual do mesmo produto (ainda não consegui confirmar).

Este é o sistema base, que portanto fica em 60 € a 70 €. Depois precisas dos aparelhos para usar a energia, como os carregadores de pilhas ou telemóvel de ligar ao isqueiro do carro. Alguns destes provavelmente tu até já tens.

Existem paineis solares mais eficientes, mas também são bastante mais caros (150 € e mais!), portanto acho que estes carregadores solares para baterias de automóvel são um compromisso aceitável, pelo menos para começar.

E… isso carrega mesmo a PowerStation? Bom, teoricamente carrega, mas demora muito tempo. O painel solar que tenho debita pouco mais de 1 Wh quando está a apanhar com um solzinho directo, sem núvens. Vamos assumir que o carregador solar tem uma eficiência de 75%, debitando então 0.75 Wh. A bateria da PowerStation é de 12 V * 7 Ah = 84 Wh, o que quer dizer que, para carregar por completo a bateria, seriam precisas 84 / 0.75 = 112 horas de exposição ao Sol… Na melhor das hipóteses terás, talvez (não medi), 5h de Sol directo por dia, em que o painel debita 1Wh, resultando que só ao fim de 112 / 5 = 22.4 dias estaria a PowerStation carregada. E isto só se todos os dias fossem solarengos!
Ainda assim há vantagens neste sistema, porque se só precisares de carregar o telemóvel diáriamente e umas pilhas de vez em quando, a PowerStation vai demorar muito tempo a descarregar, porque apesar de todos os dias lhe retirares um bocado de carga, também todos os dias lhe dás um bocadinho de carga. Vamos imaginar que a bateria do teu telemóvel é de 1 Ah (1000 mAh) e 3.6 V, o que corresponde a 1 Ah * 3.6 V = 3.6 Wh, e que tens que o carregar todos os dias. Se o carregador tiver uma eficiência de 70 %, são necessários 3.6 Wh / 0.70 = 5.14 Wh. Nos dias em que conseguires 5 horas de Sol, estarás a captar 5 * 0.75 Wh = 3.75 Wh. 3.75 Wh são 73% de 5.14 Wh, logo a energia solar que acumulas na PowerStation durante o dia já cobre quase 3 quartos do gasto de carregar o telemóvel durante a noite! Se assim fosse todo o ano, terias de carregar a PowerStation pela rede eléctrica apenas 1 vez em cada 84 Wh / (5.14 Wh – 3.75 Wh) = 60 dias (2 meses). Sem a energia captada diariamente pela Estação, terias que carregar a PowerStation 1 vez em cada 84 Wh / 5.14 Wh = 16 dias (meio mês). Notas a diferença :)? Se só precisasses de carregar o teu telemóvel 1 vez a cada 2 dias, então a Estação já seria capaz de cobrir todas as necessidades energéticas das tuas “comunicações”, e não terias nunca que carregar a PowerStation a partir da rede. Vem-me à cabeça a frase “comunicações grátis” :).
Estes são, contudo, valores optimistas. Fiz algumas simplificações e existem outras perdas que não contabilizei, como por exemplo o facto de a PowerStation ter alguma electrónica que consome energia só pelo facto de ela estar ligada. Nos próximos artigos vou medir a performance real desta 1ª versão da Estação e arranjar formas de a optimizar.

Não podemos melhorar a Estação? Pois claro que podemos. Mas isso já vai envolver alguma bricolage, e será tema para outros artigos. Este 1º artigo é essencialmente didáctico e serve de introdução, e estou a escrever à medida que próprio vou desenvolvendo este tema. Como já referi, nos próximos vou analizar a performance da Estação para ver o que está realmente a acontecer. E depois vou tratar de a optimizar e extender. De qualquer forma vou avançar tentando sempre fazer pequenas modificações, por pequenos passos, de modo a que me possas seguir e parar quando achares que a bricolage se torna demasiado técnica para as tuas habilidades.

Stay tuned ;)!

23 comentários

  1. Vasco Névoa said,

    Cool! 🙂
    Agora quero ver algumas estatísticas recolhidas ao longo do tempo com este sistema a funcionar!!! 😉
    Gostava de saber mais realisticamente qual é a “extensão de vida” que se consegue a partir do carregamento solar, para uma dada aplicação de referência.
    É que eu também estou a pensar meter painéis solares no meu híbrido, um dia mais tarde, e se tu desbravares o caminho já me ajudas no estudo de praticabilidade. 😀

  2. Njay said,

    É uma questão de esperares pelo próximo artigo 🙂

    Em relação ao hibrido:

    a) A quantidade de energia diária que chega ao solo por metro quadrado, perpendicularmente e assumindo que não há nuvens é de cerca de 1 KW.

    b) A eficiência dos paineis solares actuais tipicamente não vai muito acima dos 12.6%.

    c) Em Portugal o valor € / Wh de um sistema solar fotovoltaico anda pelos 6€.

    Agora faz-lhe as contas :).

    Actualização: Corrigi o preço de referência do Wh assim como as condições (é para o sistema completo e não apenas para os painéis solares). Fonte: http://solar.fc.ul.pt/faq.htm

    Actualização: O amigo DJGH indica acertadamente num comentário mais abaixo que a unidade correcta para a potência neste caso é o Wh e não o W/h. Corrigi essa gafe neste comentário.

  3. Ricardo Teixeira said,

    Adorei a ideia para a 1ª versão da estação. Eu próprio andava a pensar em criar algo semelhante, mas a ferrugem mental no que toca a electrónica já está avançada.

    Vou adquirir material semelhante e construir uma cópia da tua estação.

    Abraço

  4. Njay said,

    Caro Ricardo, nunca é tarde para desenferrujar a mente 🙂
    No futuro vou provavelmente ter mesmo que pegar no ferro de soldar, e não só. Mas para já, fica a Estação didáctica. É preciso é começar por algum lado e pôr as pessoas a mexer.
    Abraço

  5. Alexandre said,

    Caro amigo, bom-dia!

    Se notar algo estranho com o meu português é porque sou brasileiro. Estava procurando um aparelho solar para recarregar meu celular, mp3, pilhas e outras bugigangas quando me deparei com o seu projeto. Em casa tenho placas solares para aquecer a água e 70% das vezes não preciso ligar o chuveiro elétrico, pretendia fazer o mesmo com meus aparelhos eletrônicos. Vou procurar a powerstation que você diz ser comum em supermercados de Portugal, eu confesso que nunca vi uma aqui, mas creio poder encontrar. Moro em Brasília e, sol e claridade não faltam aqui. Não tinha pensado numa bateria para armazenar a energia de quando não estiver usando o painel solar para carregar algum aparelho. Grato pela idéia.
    2. Para mim é estranho o fato dos portugueses usarem o infinitivo para tudo. Exemplo: “depois de ter estado a fazer uns testes num projecto.”, ao invés de “depois de ter feito uns testes”, como nós brasileiros diríamos. Um forte abraço!

  6. Njay said,

    Bom dia caro Alexandre!

    Se não encontrares uma PowerStation, podes sempre procurar na net um circuito para carregar uma bateria de chumbo-ácido (de preferência selada) a partir de um painel solar. Existem por aí circuitos relativamente simples para isso. Depois podes comprar uma bateria de chumbo-ácido selada, penso que não será dificil encontrá-las aí no Brasil (no meu artigo “Reciclar uma PowerStation” (https://troniquices.wordpress.com/2007/11/26/reciclar-uma-power-station/) aqui no blog podes ver o aspecto da que a PowerStation tem internamente).

    Quanto ao infinitivo, também acho estranho os brasileiros usarem o “você” com toda a gente e quando se houve “tu” tem uma conotação de “malandro”! Enfim, existem imensas diferenças (cada vez menos, com os acordos ortográficos) entre o português de Portugal e o do Brasil, mas sabes o que acho? Ainda bem que mesmo assim a gente se entende :)!

    Fica atento ao blog (podes subscrever o RSS) que no futuro terei outros artigos onde vou desenvolver estações mais eficientes e baratas (e que dão mais trabalho a fazer).

    Abraço!

  7. DJGH said,

    Caro Njay,

    “As vantagens são óbvias: redução de custos e menores danos ao ambiente.”, Para a primeira destas duas “óbvias vantagens” aconselho-o a visitar o fórum NovaEnergia (he he he) Vai notar que a vantagem económica não é tao óbvia assim. Agora mais ou menos a sério gostaria de corrigir aqui algumas imprecisões. A primeira sobre o preço dos módulos fotovoltaicos. Acho que anda com preços muito altos. Se pesquizar bem pode encontrar preços de plicristalinos entre 4,5 e 5 €/Wp. Agora sobre unidades. Wp (Watt de pico), ou só W (Watt) é a medida da potência máxima de um painel fotovoltaico, nas condições ideais de radiação (1000 W/m2) e temperatura (25º). O Wh (Watt-hora e não W/h, Watt por hora) é a medida de energia eléctrica, e corresponde á potência de 1 W debitada ou consumida durante 1 hora (Energia Wh = Watts x nº de horas), conforme é energia debitada ou consumida obviamente. Resumindo, um módulo FV tem “x”W ou “x”Wp, e pode produzir “y”Wh de energia durante 1 dia ou outro espaço de tempo. Desculpe o atrevimento da correcção.

  8. Njay said,

    Boa noite caro DJGH,

    Para o fotovoltaico ao custo actual é de facto no minimo muito controverso se há ou não redução de custos, devido ao elevado preço dos painéis e baterias e respectivos tempos de vida. Mas a Estação não vive só de fotovoltaico, e eu tenho outras ideias baratas de “captadores fotovoltaicos” para a Estação (na verdade já mostrei o meu projecto num tópico do Nova Energia). Eu tenciono chegar a uma Estação barata (mesmo com fotovoltaico), não será é para alimentar uma habitação obviamente.

    Quanto às unidades, obrigado pelo esclarecimento. Até há pouco tempo eu usava incorrectamente o W/h em vez do Wh, mas neste artigo não vejo incorrecções… penso que este seu comentário relativo a unidades era para o artigo dos painéis solares, que vejo agora que ainda uso o W/h (na zona de transição, às vezes a minha cabeça ainda pende pó lado errado por hábito). Ah!! Já vi, é num dos meus comentários. De qualquer forma vou fazer a revisão dos textos todos e corrigir isso.

    O valor de 6€ que indico é um valor de referência para todo o sistema e não apenas para os módulos fotovoltaicos.

    Quanto ao “atrevimento da correcção”, quem escreve textos não está só a tentar ensinar alguma coisa, está também a submeter os seus conhecimentos ao escrutínio público e logo tem que estar aberto a críticas e correcções, que eu aliás muito aprecio. Está à vontade para te “atreveres” sempre que assim o entendas.

  9. Bianca said,

    Estou a procura de um tema para o projeto da escola.
    Achei o tema interesante e, com certeza, você me ajudou bastante.
    Muito obrigada.
    Vou ajudar você a mudar o mundo…

    Sou de Brasília (Brasil) também.
    Vou divulgar a sua idéia aqui também.

    beijos, obrigada

  10. Njay said,

    Alô Bianca,
    Que bom, já tenho alguém para me ajudar a mudar o Mundo, obrigado :)!
    Boa sorte para o projecto da escola.
    Beijinho

  11. AlexdeAgueda said,

    Uau… Que artigo espantoso! Explicas de uma maneira muito boa para que toda a gente (leigos ou nao leigos) fique a perceber da materia.
    Agora pergunto (que sou leigo). Tenho um painel fotovoltaico em casa. Será que com um multimetro, consigo medir (num dia de sol, é obvio) a quantidade de Wh que o painel produz? Estou a pensar fazer algo parecido, mas com um painel mais potente e gostaria de saber o rendimento dele, e quanto tempo demoraria a PowerStation a carregar… 🙂
    De qualquer maneira… Bom trabalho…
    Abraços

  12. Njay said,

    Alô Alex,

    Sim, dá para ter uma ideia. Com o painel bem virado para o Sol colocas o multímetro numa escala de “VDC” e medes o valor; vamos chamar a esse valor Vp (volts de pico). Depois, mantendo o painel na mesma posição colocas o multímetro numa escala alta de “A DC” e medes o valor em Ampéres (normalmente é preciso mudar a ponta de prova vermelha para outro conector no multímetro); vamos chamar a esse valor Ap (ampéres de pico). O valor de Wh do painel será Vp x Ap.
    Começa por usar escalas “grandes” do multímetro, Se os valores apresentados forem muito pequenos, então podes passar para a escala seguinte que for mais pequena, e assim sucessivamente até que a leitura seja mais confortável.

    Na verdade não é assim tão simples porque a eficiência de um painel depende da carga a que estiver sujeito, mas com este método fica-se com uma ideia.

    De qualquer forma, tenta 1º procurar no próprio painel se não está por lá escrito esse valor.

    Quanto a cálculos de tempo para a PowerStation carregar é mais complicado, porque esse painel precisa de um controlador de carga e as baterias de chumbo têm uma “velocidade máxima” a que podem ser carregados. Não é tão simples como no caso do painel de automóvel “fraquinho” que usei. Também não podes simplesmente comprar o painel de automóvel e aproveitar esse controlador ligando lá o teu painel, porque se o teu painel for bastante mais forte que o original, não vai estar a ser aproveitado ou então queima o controlador. O melhor e mais seguro que podes fazer é comprar um controlador de carga solar e usá-lo com o teu painel.

    Espero ter ajudado.

  13. Adalberto said,

    Eu gostaria de encontrar uma plaquinha que carregasse uma bateria de 12v e7a pelo sistema solar

  14. Ivo Rebelo said,

    Caro Njay é com enorme gosto saber que em Portugal já haja pessoal a preocupar-se com as energias renováveis. Adquirí recentemente um recarregador de pilhas solar e neste momento ainda ando numa fase de experimentação para ver se vale a pena.
    Fica a minha atençãozinha que as pessoas neste momento andam mais preocupadas com os gastos económicos com as energias do que propriamente com o cuidado com o meio ambiente. Eu pessoalmente, preocupo-me com ambos, mas se bem que, se não tiver capacidade financeira, como é o caso, como posso proteger o ambiente? Acho de louvar o esforço que tens feito acerca deste tema e esperemos que de futuro tenha-mos uma “STATIONPOWER” à portuguesa de raíz onde possamos adquirir energia limpa e barata. Acerca das invenções futurísticas e práticas também é necessário fazer ver aos políticos que temos o direito a podermos produzir a nossa própria energia, sem que haja o protecionismo das EDPs, GALPs e a fins. É inadmissível que se tenha que dispender uns 25 mil €uros para instalar um sistema de energias limpas e ligá-lo à rede pública.
    Força e inspiração para as novas invenções!
    Grande abraço!

  15. Manuel Santiago said,

    Apenas quero lembrar-lhe que não existem dias solarengos, mas soalheiros.
    Solarengo é outra coisa bem diferente.

    • Njay said,

      O dicionário da Priberam on-line diz que informalmente também é o mesmo que soalheiro:
      http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=solarengo

      • Manuel Santiago said,

        Pois, informalmente… mas o correcto é soalheiro.
        Como o portugueses gostam muito de misturar o inglês (on-line ,etc.) com o Português, ao menos que utilizem as palavras portuguesas com o sentido correcto.
        Quanto ao seu blogue, os meus parabéns. Só agora o descobri e prometo segui-lo com curiosidade. Parabéns e não leve a mal esta chameda de atenção.

      • Njay said,

        Está no dicionário, para mim é sinal suficiente de que já faz parte da Língua. Claro que admito que para mim solarengo e soalheiro eram simplesmente a mesma coisa até tu me dares a oportunidade de ir vasculhar no dicionário, apesar de até conhecer a palavra soalheiro (que sinceramente não gosto porque parece derivada de soalho, nada a ver).

        Eu pessoalmente até sei como se diz em Português a maioria dos termos ingleses “Internetianos” que se vê por aí, mas quando preciso de me referir a eles fico dividido entre dizer em Português e fazer com que toda a gente me entenda. Sou um grande adepto do Português correcto, como podes constatar pelos textos que por aqui estão; mas mais importante ainda é transmitir a mensagem, e para isso é preciso falar numa língua que as pessoas entendam.

        Certamente que não levo a mal, até agradeço todo e qualquer comentário construtivo, e com o teu já aprendi qualquer coisa 🙂

  16. Manuel Santiago said,

    Meu caro.
    E óbvio que a maioria dos internautas (Internetianos?) gosta muito de utilizar palavras inglesas nos seus textos é, assim considero, um erro que deve ser corrigido. Eu sei que sou insignificante e não tenho a presunção que vou para alterar este estado de coisas. Tenho pena, pois é uma tarefa hércula que competirá a outras pessoas com muito mais responsabilidades.
    Nas nossas escolas, até nas aulas de português, professor que não fale em saites (assim mesmo, os sons da língua portuguesa são traduzidos por letras, cada letra representa um som e juntando as letras construímos as palavras, logo não podemos pronunciar saite e escrever site) e quejandos é um atrasado, como eu sou, diga-se de passagem.
    No seu texto utilizou quase uma vintena de vezes a palavra PowerStation e, na terceira vez que a reescreveu, colocou entre parênteses (estação de energia em, português), ora, não seria mais coerente o contrário.
    Mas é isto que se vê no dia a dia. Nas rádios, nas televisões,nos jornais, etc. são poucas as frases construídas do principio ao fim integralmente em português, a maioria tem sempre um estrangeirismo. Se calhar é forma de evidenciar o grau de cultura de quem assim procede.
    Agora imagine-se um inglês a utilizar estrangeirismo. No mínimo perdia o emprego e era enviado para a escola. Cá, neste rectângulo, é o contrário, é uma pessoa culta.

    Só mais uma achega: quem como nós, vive encaixotado num prédio, poderá viver num a casa soalheira, mas não vive certamente numa casa solarenga.
    Obrigado pela atenção.

  17. Manuel Teixeira said,

    Tenho uma EGS 1800 mas quando ligo á corrente (na posição CHARGE) para carregar, acende logo a luz vermelha (a carregar) e a verde (full), só que não está carregada. Se entretanto ponho na posição “ON” acende a luz amarela “EMPTY”, isto é, sem carga. Isto quer dizer que está avariada? caso seja isso, tem conserto? Obrigado pelos comentários, de quem perceba um pouco destas coisas…

    • Njay said,

      O mais provável é a bateria estar estragada. Estas baterias devem ser logo re-carregadas assim que acende o amarelo. A solução é troca da ateria, tal como fiz com a minha (ver artigo “Reciclar uma PowerStation”).

  18. Paulo Ribeiro said,

    Boas tenho um mas nao tenho o carregador DC 15V onde posso comprar um

    • Njay said,

      Por exemplo na Mauser.pt, procura na secção de fontes de alimentação, uma fonte de 15V (0.25A a 0.5A chega).

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